Ultimamente tenho ouvido histórias tristes de pessoas que levam a sério demais a vida virtual. Vão de brigas comuns até suicídios.
Qual é o limite que separa a vida real da vida virtual?
Eu acho que não há uma fronteira muito clara, mas certamente podemos impor nossos próprios extremos de vida virtual. Meus maiores amigos atuais conheci na internet, em comunidades do Orkut e nas salas de bate-papo quando ainda não eram um só sobre sexo. Hoje alguns freqüentam minha casa, e são pessoas íntegras. Com outros falo todo dia pelo MSN há alguns anos, já. Conheço muita coisa de suas vidas e acompanho muita coisa também. Saíram da virtualidade para se tornarem amigos comuns, como aqueles que conheço de outros lugares.
Ultimamente ando me cuidando bem mais por causa dos excessos que as pessoas aprenderam a cometer. Criam perfis com fotos de outras pessoas, criam uma história perfeita e lá está uma novíssima vida, totalmente virtual. Alguns não tem nenhuma intenção ruim, apenas não querem ser reconhecidas por causa da profissão, por não gostarem de se expor, para proteger a família ou outro motivo justificável. Tenho um grande amigo que veio dessa forma: vários perfis falsos depois, acabamos ‘formalizando’ a amizade.
No entanto há alguns que assediam várias pessoas, com vários perfis diferentes, sem que fiquem claras as suas intenções. Podem ser estelionatários, seqüestradores, malucos ou mesmo desocupados tentando provar algo para si mesmo e envolvendo outras pessoas em suas loucuras. Quando envolvem sentimentos, piora ainda mais.
O único jeito de não trazer problemas para sua vida é tentar ter cuidado. E tentar não fazer isto com as outras pessoas, porque pode encontrar alguém pior que você, afinal, você pode se achar super-poderoso atrás da tela do computador, mas jamais saberá quem é que está do outro lado.
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